A agricultura de precisão tenta tratar igual o que é igual e diferente o que é diferente
Nos nossos campos temos sempre muita heterogeneidade, ou de tipo de solo ou potencial produtivo, diferentes drenagens , diferentes compactações, etc.
Habitualmente o que fazemos na agricultura convencional é determinar uma receita média para aplicar à totalidade do campo.
Neste caso vamos tentar variar a sementeira consoante 2 critérios obtidos com as informações que já temos da nossa parcela. Vamos fazer variar com o tipo de solo com as produções de milho do passado.
A primeira tem a ver com a condutividade eléctrica, ou seja vamos fazer variar a densidade de sementeira com as diferentes classes de condutividade eléctrica. Para zonas com mais condutividade , vamos por mais sementes(93000/ha). Nas zonas com menos condutividade (mais arenosas) vamos colocar 83000 sementes por hectare. A nossa ideia é tentar nas zonas mais fracas, onde habitualmente aparece focos de cefalosporio( fungo de solo), vamos reduzir a competição entre plantas e assim torna-las mais resistentes e menos vulneráveis ao aparecimento dos sintomas do fungo. Também estas zonas tem menos retenção de água e assim compensa-se o possível stress hídrico.
Tudo isto só é possível através da recolha de dados das produções dos anos anteriores e com o levantamento da electrocondutividade do solo.
Também só é possível esta técnica, com o recurso a semeadores (VRT) que sendo eléctricos, os seus órgãos de distribuição , podem ir variando a densidade de sementeira ao longo da mesma parcela.
*Variable Rate Technology