A Quinta da Cholda utiliza como método de cálculo das necessidades de fertilização a combinação de dois métodos. O primeiro, o nível médio de exportação de nutrientes com base na produtividade média da parcela, e em segundo, os resultados provenientes das análises de solo antes do início da cultura.
Em ambos os casos as aplicações eram o resultado de um valor médio dentro da parcela. Como os nossos campos são muito heterogéneos, e as produções variam muito dentro da mesma parcela, consideramos que temos feito muitos erros ao nível das reais necessidades da cultura devido a essa variabilidade espacial das parcelas.
Assim temos vindo a desenvolver um novo método de determinação das necessidades reais para a fertilização. Utilizámos em 2018 vários pontos para recolha de amostras de solo baseadas na variabilidade da electrocondutividade aparente do solo.
Foram feitas as aplicações de fertilizantes com uma alfaia VRT (Fósforo e Potássio) para responder às necessidades detectadas nas análises de solo. Os primeiros resultados pensamos que foram muito encorajadores e mantivemos o critério durante este ano de 2019, pois consideramos que ter acréscimos crescentes em relação ao método tradicional.
Este ano de 2019 fomos mais longe e fizemos um levantamento total do mapa de nutrientes do solo, numa outra parcela. Iniciámos uma nova forma para determinar as necessidades de fertilização. Agora aumentámos muito o número de amostras, passando de 1 amostra por 10 hectares, para 1 amostra por 2 hectares. O método de determinação do local da amostra, é um misto de produtividade do passado e electrocondutividade aparente do solo. Temos agora todos os resultados numa base de dados que pode gerar mapas de nutrientes e fazer a prescrição para as diferentes zonas da parcela em forma de ficheiros que são depois passados para a alfaia VRT.
Iremos no final do ano com a ajuda do mapa de produtividade, avaliar a evolução dos resultados. Pensamos que estamos a contribuir para uma optimização da produção baseada no aumento das eficiências dos factores de produção, logo com um resultado melhor a nível económico e ambiental.