Com a necessidade de activar os nossos solos com vida microbiana, vamos experimentar fazê-lo através de compostagem das nossos resíduos das culturas agrícolas e plantas espontâneas. Na nossa jornada de experimentação do modelo regenerativo, demos início à construção de vários modelos de bioreactor. Como estamos já a inocular as nossas parcelas com extratos orgânicos de várias origens, alguns comprados a fornecedores de confiança, vamos agora, tentar fazê-los na nossa exploração. Vamos tentar fazer os nossos compostos orgânicos provenientes dos resíduos das nossas culturas. É na origem destes materiais que podemos assegurar a rastreabilidade e a qualidade destes. Assegurando a sua origem em campos sem resíduos de fitofarmacos e adubações de síntese, asseguramos o melhor dos dois mundos; serem materiais locais, logo biologia autóctone, e de muito baixo custo.
Este processo inicia-se com a compostagem termofila. Esta compostagem é feita normalmente, com pilhas destes materais orgânicos, onde a seu reviramento para arejar, é feito ou à mão com forquilhas ou com máquinas industriais. Este reviramento tem que ser feito enquanto o processo de compostagem aumenta a temperatura. Nestes primeiros dias a necessidade deste arejamento era condição fundamental para termos um composto aeróbico. Não tendo a mão de obra necessária para fazer o reviramento, nem os reviradores ligados aos tractores ou automotorizes, estamos a testar um método desenvolvido por um casal de cientistas. Foi o Dr.Johnson e a sua mulher Su, que estudaram a forma de se puder ter os mesmos resultados, mas sem reviramento das pilhas de composto. Assim, estamos a tentar aprender a fazer com este método estático, neste caso já com algumas evoluções técnicas.
Os materiais utilizados são da nossa exploração, excepto o estrume compostado, que é de um vizinho que alimenta os seus cavalos com forragens locais. Estamos a tentar que os materiais para a compostagem sejam o mais locais possível, para que este microrganismos sejam já adaptados às nossas condições edafoclimáticas. Tivemos a preciosa ajuda para o enchimento dos bioreactores, dos nossos alunos estagiários da Escola Profissional da Golegã que todos os anos recebemos para formação aqui na nossa Quinta.